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Bolsonaro diz que quer fim de uso obrigatório de máscaras

 


O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou que o Ministério da Saúde avalia retirar a obrigatoriedade do uso de máscaras faciais no país. O mandatário disse que o vírus da covid-19 veio para ficar e que também não irá obrigar 'ninguém a se vacinar'. A medida é contrária ao alerta de especialistas, que apontam um grande risco de uma terceira onda de infecções pelo novo coronavírus.


A declaração foi dada nesta terça-feira (24/8), em entrevista à rádio Farol, de Alagoas. “Estamos na iminência de, via Ministério da Saúde, não mais sugerir o uso de máscara, que passe a ser opcional. Agora, as vacinas foram uma realidade. Nenhum governador comprou uma dose sequer. Todas as doses foram compradas pelo governo federal”, disse.


Há 5 dias, Bolsonaro voltou a afirmar que a pandemia "está chegando ao fim". O Brasil se aproxima de 575 mil mortes pela covid-19, e totaliza mais de 20,5 milhões de casos confirmados desde março do ano passado. “Esperamos, até o final de novembro, todos os voluntários. Para nós, a vacinação é para quem for voluntário, da nossa parte, não obrigaremos ninguém a tomar vacina”, disse, minimizando a pandemia.


Durante a entrevista,  mandatário também afirmou que metade da população brasileira foi vacinada. No entanto, os dados oficiais mostram que, até o momento, apenas 26,2% dos adultos foram imunizados contra a doença — o que representa 55 milhões de pessoas.


Ataque aos governadores

Enquanto os governadores do país tentam diálogo com o presidente da República, Jair Bolsonaro atacou os protocolos sanitários adotados pelos representantes dos estados em enfrentamento à pandemia e no gerenciamento da economia. Integrantes do Palácio do Planalto não acreditam que a reunião com os governadores possa acontecer.


Bolsonaro responsabilizou os governadores pelo aumento do desemprego, devido às medidas de restrição de circulação de pessoas durante a pandemia. “A partir de março do ano passado, praticamente todos os governadores do Brasil lançaram a campanha do ‘Fique em Casa e a economia a gente vê depois’. E o depois veio, aquilo que eu considero um abuso, que foram as medidas de lockdown, confinamento, toque de recolher”, afirmou.


Correio Brasiliense

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